Archive for dezembro 14, 2011

Mega da Virada: aposta deve ser com consciência, sem se tornar um hábito

No dia 31 de dezembro, a Mega Sena da Virada deve dar um prêmio de R$ 170 milhões, um dos maiores da história. Com isso, a correria dos brasileiros para fazer suas apostas e, quem sabe, se tornar um milionário fica cada vez maior com o passar dos dias.

De acordo com o educador financeiro, Reinaldo Domingos, não há problemas em fazer um jogo. Segundo ele, é até recomendado, desde que para isso sejam direcionados pequenos valores, sem que a famosa “fezinha” vire um hábito.

O educador afirma que o grande erro das pessoas é pensar que a única forma de se tornar independente financeiramente é por meio da sorte. “É comum as pessoas se acomodarem pensando que a independência financeira depende da sorte, mas, sempre afirmo, mais do que sorte, para se tornar independente, é necessária a atitude de buscar se educar financeiramente e atingir este objetivo”, explica.

Educação financeira

Na educação financeira a pessoa aprende a ter objetivos materiais que serão realizados e, entre estes, sempre deverá estar o da independência financeira. Segundo Domingos, os sonhos são divididos em curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo prazo (mais de dez anos). “Tornar-se sustentável financeiramente deve ser um objetivo de longo prazo, porém, para atingi-lo, o início deve ser imediato”, afirma.

Em uma aposta da Mega Sena da Virada, a chance de acertar os seis números é de uma em 50.063.860, segundo os dados oficiais da Caixa Econômica Federal. Por isso, Domingos explica que, se uma pessoa decide se tornar sustentável financeiramente, as chances dependem só dela.

Uma das dicas do educador financeiro é que não se deve guardar apenas o que sobrar no fim do mês, mas criar um hábito de fazer reservas praticando o consumo consciente. “O caminho deve ser o contrário do que normalmente se toma. Ao receber seus rendimentos, a pessoa já deve imediatamente separar uma parte para os seus sonhos. Com isso, não haverá risco de cair nas tentações do consumo”, explica.

O educador também explica que é fundamental que as pessoas saibam exatamente os valores dos sonhos, sabendo assim o quanto deverão guardar mensalmente para cada um. “O tipo de aplicação que deverá feito para realização dos sonhos também dependerá do tempo que pretende realizá-lo. Para uma aposentadoria sustentável financeiramente, geralmente é preferível aplicações de longo prazo, como uma previdência privada ou título do tesouro”, aconselha.

Por fim o educador conclui que fazer apostas, sendo pequenos valores e não se tornado um hábito, não é o problema, e se ganhar, melhor ainda. Entretanto, para quem quiser realmente ter chances de ter o dinheiro para sua segurança financeira, o caminho é ter sonhos e sair em busca da educação financeira.

FONTE: Info Money


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Dívidas dos moradores do Amazonas somam R$ 6,1 bilhões

O endividamento dos moradores do Amazonas acumula R$ 6,1 bilhões, segundo os últimos dados do Banco Central (BC) e parte dessa dívida não especificada pela autoridade monetária é sem valor, ou seja, de pagamento de bens de consumo.

De acordo com a DSOP de Educação Financeira, existem dois tipos de dívidas: a de valor e a sem valor. A primeira é contraída quando há desejo de ampliar o patrimônio, como a compra de casas ou carros, ativos com valor de revenda. Já a segunda, a mais comum entre os consumidores, agrega pouco ou nenhum valor à saúde financeira do cidadão, como o cartão de crédito e o cheque especial utilizado para comprar produtos sem valor de revenda, de pouca liquidez, como definem os economistas.

Segundo o presidente da DSOP, o especialista em finanças pessoais  Reinaldo Domingos, o vilão do consumidor é a dívida sem valor. “Na dívida sem valor, as pessoas compram com o dinheiro que não têm  coisas que não precisam. Ela ainda atrapalha o pagamento da dívida de bens que agregam valor”, explica o educador financeiro.

Além da compra por impulso, de acordo com o educador, algo que contribui para a propagação da dívida sem valor é o  crédito fácil. “O limite do cartão geralmente é o dobro do que a pessoa ganha. Daí ela se ilude com a ‘confiança’ que o banco despeja nela. Mas é lógico que os bancos vão cobrar caro por isso”, alerta.

Na análise de Domingos, para evitar a dívida sem valor é preciso que o consumidor se eduque e coloque no papel as suas prioridades. Perguntas como ‘eu preciso disso agora?’ e ‘o que vai agregar para mim?’ são primordiais para qualquer pessoa. “É essencial também saber se eu tenho dinheiro para comprar. Se eu não tenho, não compro. Se for parcelar, verificar se posso ou não arcar com esses valores”, disse.

Para o especialista, as dívidas de valor são necessárias em muitos casos e até mesmo positivas. Segundo ele, a dívida de valor agrega qualidade de vida, mas é preciso ter atenção, pois ela traz junto consigo os juros.

“É fundamental entender que a dívida com valor não deve ser tratada como um problema, mas também a pessoa vai pagar mais caro para obter o bem do que se poupasse e comprasse à vista. O problema é que não criamos o hábito de poupar antes e comprar depois”, explica.

“Dívida é dívida, mas o que a diferencia é a forma de pagamento”, avalia o economista Martinho Azevedo, para quem é sempre melhor esperar, poupar e  até usar o dinheiro de uma maneira que traga maior retorno. Para ele, é imprescindível saber o limite e verificar se vai conseguir honrar com o compromisso.

A técnica em radiologia Albertina Coelho, 37, já esteve nos dois lados da história, mas conseguiu se livrar da dívida sem valor. “Eu tinha uma dívida de cartão de crédito  mas consegui quitar. Há dois anos  pago R$ 500 em um consórcio de um veículo. Deixo de fazer várias coisas, como viajar nas férias e comprar outros produtos”, relata.

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